sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A Amizade de Fernando Barão e Henrique Mota...


No livro que foi apresentado no mês passado em Almada, "Fernando Barão: (Quase) Tudo o que Vivi", da autoria de Luís Alves Milheiro. 

A obra reune um conjunto de conversas entre estes dois amigos, e como não podia deixar de ser, há várias referências a Henrique Mota (amigo do Fernando e do Luís), que transcrevemos com a devida vénia. Esta é sobre o Amigo:

Não deixa de ser curioso, que os únicos livros que fiz, de parceria, foram com duas pessoas especiais, o Luís e o Henrique.

«Da nossa relação não vale a pena falar. A cumplicidade que está presente neste livro diz tudo.

O Henrique, eu considerava-o, por razões de muitas afinidades, o meu melhor amigo.

Quando ele faleceu sofri imenso a sua perda: qualquer familiar não me levaria mais lágrimas que aquelas que brotei, sentidamente, fora das observações alheias.

O seu sentimento de lutador por causas colectivas levavam-no a exteriorizar alguma teimosia. Eu, quando não estava de acordo com qualquer projecto ou o seu “modus faciendi”, dizia-lhe frontalmente, olhos nos olhos, mas, mesmo assim, nada disso ofuscava a nossa amizade. Algumas vezes ele ia por mim, noutras levava a sua avante. Mas acabávamos a mini-quezília num abraço.

Faça-se a tua vontade! Dizia-lhe eu com um sorriso trocista que concitava o meu desacerto.

Contudo, estou aqui a afirmar concludentemente que, se o fenómeno desportivo de competição altera os sentimentos humanos, posso pensar que, entre todas as pessoas que comigo lidaram nesse estimulante sector, considero que, o Henrique Mota, era quase imune, a essas alterações. E este quase é cúmplice das actuações do seu Ginásio Clube do Sul onde foi “pau para toda a roupa”, como utente activo ou como qualificado dirigente.

Em quase todos estes actos eu estava muito próximo dele em todas as vertentes. Daí o enraizamento da nossa amizade.»


A Amizade de Fernando Barão e Henrique Mota...

No livro que foi apresentado no mês passado em Almada, "Fernando Barão: (Quase) Tudo o que Vivi", da autoria de Luís Alves Milheir...