segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

1920, um Ano Especial


1920 não foi apenas o ano do nascimento de Henrique Mota.

Nasceram também neste ano o Francisco Bastos, campeão e recordista nacional de atletismo atletismo, atleta internacional e grande amigo do Henrique.


Entre nós, o centenário mais festejado foi o de Amália Rodrigues, por todas as razões e mais algumas. Continua a ser a nossa grande figura do fado e da canção, foi a primeira e única a conseguir a consagração mundial, actuando nos principais palcos das grandes capitais mundiais.

Mas também fizeram 100 anos, Bernardo Santareno (dramaturgo), Germana Tânger (actriz), Sidónio Muralha (poeta), Mário Castrim (jornalista) Artur Agostinho (jornalista) Nadir Afonso (artista plástico) e Cruzeiro Seixas (artista plástico), que ficou a poucos dias de comemorar o centenário, com vida... entre outros.

Por esse mundo fora também festejaram o centenário Clarice Lispector (escritora), Charlie Parker (músico de jazz), Federico Fellini (cineasta) Charles Bukowski (escritor), João Cabral de Melo Neto (poeta), Mário Benedetti, e muitos outros que nos escaparam...


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Uma Carta Especial...



Continuando com os seus "amores" desportivos, além do CF "Os Belenenses", o Ginásio Clube do Sul, foi o seu mais que tudo.

Foi atleta (de várias modalidades), treinador (também de mais que uma modalidade...) e dirigente (dos melhores da sua longa história).

Numa das muitas conversas que tivemos sobre desporto, desafiei-o a escolher os "onzes" preferidos das equipas de futebol destes seus "dois amores", apenas com jogadores almadenses.  Foi dando voltas à memória e escolhendo vários craques, de gerações diferentes, que o tinham encantado, tanto nos estádios e nos campos simples de futebol.

E depois falámos de possíveis "seleções nacionais" só com futebolístas do nosso Concelho...

Como o Henrique não ficou completamente satisfeito, sem eu saber levou "trabalho para casa", e dias depois recebi em casa uma carta, em que acabou por fixar na história as suas escolhas, com os melhores dos melhores, que publico aqui com a devida vénia e muita amizade (é algo que fica sempre dentro de nós...).


sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

A Paixão Azul do Henrique...


Henrique Mota foi atleta do Clube Futebol "Os Belenenses" (é uma pena não termos nenhuma fotografia com o Henrique vestido de azul), aquele que foi sempre o seu clube de coração.

Hoje poderá parecer estranho esta paixão, mas nos anos quarenta e cinquenta, o Belenenses era um grande no futebol, batia-se de igual com o Benfica, Sporting e FC Porto. Só não foi mais vezes campeão, porque foi várias vezes vitima de arbitragens desonestas (como a do famoso Calabote...), de homens vestidos de preto que gostavam mais do vermelho e do verde que do azul.


Além de ter sido Campeão Nacional em 1945/46, foi segundo classificado em 1936/37, 1954/55, 1972/73, e terceiro em 1939/40, 1940/41, 1941/42, 1942/43, 1944/45, 1946/47, 1947/48, 1948/49, 1953/54, 1955/56, 1956/57, 1958/59, 1959/60, 1975/76 e 1987/88.

Conquistou a Taça de Portugal em 1941/42, 1959/60, 1988/89 e foi finalista vencido em 1939/40, 1940/41, 1947/48, 1985/86 e 2006/07.

(Publicamos imagens de dos dos seus ídolos azuis, Artur José Pereira e Matateu)


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Os "Contos Desportivos" de Henrique Mota


Entre a publicação do segundo e terceiro volume dos “Desportistas Almadenses”, Henrique Mota lançou em 1986 os seus “Contos Desportivos”, uma antologia de dezassete histórias, onde mistura a sua vivência com a imaginação, e até magia, no intuito de nos oferecer estórias baseadas em factos verídicos, onde relata a sua cultura desportiva, com particular realce para o atletismo, a sua modalidade de eleição.

O jornalista Sequeira Andrade agradado com a obra, afirmou[1]: «Aquilo não são contos. São, mais que isso, documentos comprovativos de um alto sentido humanista e testemunho de uma vida que se interessa pelas coisas boas, que as procura no dia-a-dia e que sobretudo, as descobre através da atractiva via do Desporto.»

Neste livro assistimos a denúncia de algumas jogadas menos claras, à vontade de ganhar a qualquer preço que invadiu os recintos desportivos, sempre com uma ponta de mágoa colocada a descoberto, graças ao grande sentido moral e ético do autor, para quem o desporto foi sempre uma “escola der virtudes”. Ideais pelos quais se bateu como atleta, treinador, juiz de atletismo e dirigente.

Um dos aspectos mais curiosos deste livro, é o seu último conto, no qual Henrique Mota consegue traçar a sua biografia desportiva, através de um diálogo bastante profícuo, com um interlocutor fictício.



[1] “Desportistas Almadenses”, 3º Volume, 1993, badanas.


(Transcrição do livro, "Henrique Mota, atleta, treinador, dirigente e escritor almadense", coordenado por Luís Alves Milheiro)


"Henrique Mota: a amizade e a dignidade sem preço"

  Foi Henrique Mota que me trouxe para a "universo scalano" (ainda antes da fundação da SCALA), mas não é por isso que o considero...