sábado, 31 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XXIV)


«Opinar sobre um “Cacilheiro” e Amigo da qualidade de Henrique Mota, Homem com um H grande não é coisa fácil.

Amigo do seu amigo, Chefe de Família exemplar, desportista de moral intocável e escritor de obras editadas em que as suas ideias são transportadas para o papel com a facilidade de interpretação que nos dá ideias de as vivermos.

Pela amizade que me merece, tenho receio de não ser justo na minha apreciação e não ter mais capacidade de exprimir a minha opinião com todas as qualidades que o Mota é merecedor e as possui.»

[Ludgero Brás, antigo comandante dos Bombeiros Voluntários de Almada]

(Fotografia de João Ricardo)


terça-feira, 27 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XXIII)


Henrique Mota, desportista e associativista de sempre, de há anos a esta parte, dentro de uma humildade que lhe reconhecemos, portanto, sem alardes, tem vindo a fazer a recolha de dados biográficos de figuras almadenses, que no campo desportivo se alcandoravam aos lugares cimeiros.

Este seu valioso trabalho, que julgamos ímpar entre nós, sem qualquer favor vem preencher um vazio que neste vasto sector se faz sentir.

Assim, todas estas figuras retratadas e passadas à estampa em livros a que foi dado o título de “Desportistas Almadenses”, não só fixam para todo o sempre estes campeões das diversas modalidades desportivas, como por outro lado contribuem para um melhor conhecimento dos valores existentes na terra de Almada. E como é sabido a História não é só feita de grandes coisas, antes, porém, é a reunião de significativos dados e pormenores, caso de “Desportistas Almadenses”.

Henrique Mota, que em 1972, num tempo em que nada era fácil, organizou os primeiros jogos desportivos do Concelho de Almada, e com este seu trabalho de investigação desportiva, presta mais outro serviço em geral ao Desporto e em particular a Almada.

Por tudo isto, por uma grande amizade que nos une a Henrique Mota, companheiro e amigo, os nossos parabéns.

 [Manuel Lourenço Soares, jornalista e escritor almadense]

(Fotografia de Álvaro Costa)


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O Terceiro Volume de "Desportistas Almadenses"


«Em 1993 foi lançado o terceiro volume dos “Desportistas Almadenses”, com mais quarenta e duas biografias, reforçando o excelente naipe de atletas da Margem Sul, totalizando cento e doze biografias, no conjunto dos três volumes, embora algumas fossem o complemento desportivo de atletas que ainda estavam em actividade. Dois desses exemplos foram Oceano Cruz e Luís Figo, jogadores internacionais  que ainda tinham muito a dar ao futebol, especialmente Figo.

A capa do pintor almadense, Louro Artur, é muito feliz.»


terça-feira, 20 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XXII)


«Desde sempre, Henrique Mota tem sabido transmitir-nos uma realidade através da sua obra, fruto de um trabalho árduo de pesquisa e investigação: Almada é, de facto, uma cidade do Desporto e de Desportistas.

O conjunto da sua obra é curiosíssimo: passa pela colectânea “Desportistas Almadenses” e “Contos Desportivos”, personaliza-se no amor à Terra e ao Clube que com ele cresceram através de “Ginásio Clube do Sul”, que escreveu de parceria com Fernando Barão, e mais recentemente, “Personalidades Cacilhenses” – eis todo um passado e presente ricos de testemunhos que vão agora ser complementados com “Memorando”.

É uma prosa em que se revisitam pessoas (os nossos avós, amigos, conhecidos), lugares, histórias de ontem, de hoje, de sempre… é o sortilégio do desporto, num homem que, para ser um Campeão, não precisou de calçar as “chuteiras”, ou pegar num “dardo”. A sua Medalha de Ouro há muito já está conquistada. Eis o perfil de um homem simples, comum, que connosco convive, um cidadão de que Almada se orgulha e que muito admiramos.»

[Luís Fernando, professor e treinador de andebol]

(Ilustração de Anyana)

 

sábado, 17 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XXI)


«Sinto-me muito honrado em falar de Henrique Mota, homem integro, desportista exemplar, que tivemos a ventura de conhecer através do “nosso” Belenenses e depois trabalhando na organização dos Primeiros Jogos Juvenis do Concelho de Almada – 1972.

MEMORANDO, o seu sétimo livro vai certamente encantar os leitores com as suas memórias recolhidas através dos tempos, de uma actividade incrível em variados sectores, descritos, pela sua literatura, simples e escorreita. Acrescido pela sua pesquisa em encontrar os nomes e apelidos de 360 figuras de cacilhenses.

Não posso deixar de evocar neste simples testemunho, a sua magnífica obra, “Desportistas Almadenses”, única em todo o país, que muito particularmente me “toca” pelo seu conteúdo.

Certíssimo que o sétimo livro vai ser como os anteriores, um êxito, os meus sinceros parabéns.»

[José Freitas, treinador de natação]

(Fotografia de autor desconhecido)


terça-feira, 13 de outubro de 2020

O Segundo Volume de "Desportistas Almadenses"


«Claro que a escolha de apenas quarenta e dois almadenses num universo bastante rico, fez com que algumas pessoas questionassem o autor[1] sobre a razão de os seus familiares, valorosos desportistas, não constarem no livro. Isto fez com que Henrique Mota começasse a preparar o segundo volume que seria publicado nove anos depois, em 1984, com trinta e nove biografias. Desta vez já com a inclusão de atletas ainda em actividade.

Romeu Correia voltou a apresentar a obra com uma crónica-prefácio intitulada, “Outros Tempos, Outros Atletas”, onde realça[2] a importância da obra do autor, como fonte de pesquisa no futuro: «Ao dar à estampa esta nova série de pequenas biografias, Henrique Mota enriquece e actualiza o grande mosaico desportivo do nosso concelho. Contribuição indispensável para um mais vasto estudo, que certamente não deixará de ser feito.»



[1]  Nota de Autor do 2º volume de “Desportistas Almadenses”, 1994.

[2]  “Desportistas Almadenses”, 2º Volume, 1984, p 5.


(Texto da autoria de Luís Alves Milheiro, extraído do livro, "Henrique Mota, atleta, treinador, dirigente e escritor almadense", editado em 2010 pela SCALA)


sábado, 10 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XX)


«Ao pensar no homem, ocorrem-me inúmeros adjectivos que a amizade sugere e o respeito impõe.

Ao pensar na Obra, duas palavras aparecem – Leitura Obrigatória.

Não da nossa parte, admiradores e amigos, para quem a leitura da sua obra constitui sempre um momento de prazer e agradável recordar, mas para todos aqueles que de algum modo têm responsabilidades na Educação deste país.

E também para os jovens, algumas vezes com opções erradas na vida, por não compreenderem o valor das alternativas de que dispõem.

Expliquemo-nos:

Hoje em dia é preocupação expressa pelas pessoas das Ciências da Educação e Educadores em geral a necessidade de proporcionar aos jovens vivências para além da sala de aula e que a Educação continue Fora da Escola.

O senhor Mota (como me habituei a dizer há dezenas de anos) nos seus livros e outros escritos, dá testemunho do que foi a PRÁTICA de gerações de Homens Bons, em prol do bem comum, e no criar de condições para que milhares de jovens fizessem a opção certa.

É a sua forma de nos transmitir uma herança, que todos no nosso dia a dia, nos devemos esforçar por merecer.»

[Carlos Bule, professor, treinador e dirigente almadense]



quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O Primeiro Volume de "Desportistas Almadenses" (2)


É importante referir que esta primeira obra de Henrique Mota teve um excelente acolhimento por parte do povo almadense e da generalidade da comunicação social.

O jornalista e escritor Carlos Pinhão escreveu o seguinte[1] nas páginas do jornal “A Bola”: «Chama-se “Desportistas Almadenses” o livro que Henrique Mota acaba de publicar e que é, antes de mais, um caso de Amor. De dois amores. Por Almada. Pelo Desporto.

Trata-se de uma série de biografias de quase meia centena de desportistas da terra que atingiram, no plano desportivo, notoriedade não só local, mas também a nível nacional (campeões, recordistas) e alguns até com projecção internacional.»

Não deixa de ser curioso e interessante, observar a componente política presente nas críticas feitas ao livro, devido ao fervor revolucionário que ainda se sentia no país, libertado de uma longa ditadura de quase meio século. A crítica de Luís Alves, publicada[2] nas páginas de “O Século” é um bom exemplo: «Do seu inventário, que é um trabalho único no País, que só um devotado às duas causas – socialismo e desporto – poderia levar a cabo, um trabalho exaustivo e apaixonante que consumiu meses de pesquisa e contactos, se encarregou Henrique Mota, um daqueles antigos jovens que, bem pode orgulhar-se do honesto inventário desportivo que agora oferece ao seu progressivo concelho.»

Viriato Mourão também mantém um discurso[3] sociopolítico em relação à primeira obra de Henrique Mota, nas páginas do “Diário Popular”: «Na sua base, a obra é um original inventário desportivo de 42 biografias de atletas, cobrindo cerca de 70 anos de prática desportiva, no concelho de Almada, onde hoje se repensa o desporto e o espectáculo desportivo em termos que já não admitem a alienação das massas. O documento carinhosamente forjado ao longo de anos de pesquisa por Henrique Mota, treinador de várias modalidades, constitui acima de tudo, uma preciosa contribuição para o historial de Almada progressista cujo quotidiano dos últimos decénios transparece para além dos registos numéricos, frios, através de imagens que passam à história, e de declarações tantas vezes pitorescas.»



[1] “A Bola”, de 16 de Fevereiro de 1976.

[2] “O Século”, de 20 de Fevereiro de 1976.

[3]  “Diário Popular”, de 28 de Junho de 1976.


(Texto da autoria de Luís Alves Milheiro, extraído do livro, "Henrique Mota, atleta, treinador, dirigente e escritor almadense", editado em 2010 pela SCALA)


(Fotografia da Colecção Particular de HM)


terça-feira, 6 de outubro de 2020

O Primeiro Volume de "Desportistas Almadenses" (1)


«Henrique Mota começou por escrever várias biografias desportivas nas páginas do “Jornal de Almada”. Foi de tal forma bem sucedido que o passo seguinte seria a sua publicação em livro, também com a chancela do semanário almadense. Em 1975, quando se davam os primeiros passos da democracia, após a Revolução de Abril, Henrique estreou-se como escritor, com o primeiro volume dos “Desportistas Almadenses”, o primeiro de quatro volumes biográficos das grandes figuras do desporto local (o último volume foi editado postumamente), que são autênticos “Subsídios para a História do Desporto no Concelho de Almada”, como fez questão de referir na capa da sua obra de estreia.

Só uma pessoa com uma presença constante nos meios desportivos locais, desde os anos trinta até à actualidade, poderia construir uma obra tão completa. A sua principal virtude foi ter a coragem de colocar no papel a vida e obra das primeiras grandes figuras do desporto almadense que obtiveram resultados dignos de realce a nível nacional e internacional, comprovados pelas suas biografias.

Romeu Correia no início da sua carta-prefácio[1] com que abre o primeiro volume, sintetizou muito bem o que acabámos de referir: […] «Sem este teu curioso e oportuno trabalho corríamos o risco de não sabermos no futuro o que foi a prática desportiva em Almada e até as modalidades praticadas por alguns dos seus mais destacados atletas […]»

Outro dado curioso foi o facto de Henrique Mota se ter iniciado como escritor, depois da Revolução de Abril, já com cinquenta e cinco anos de idade. Só a abertura democrática tornou possível a transformação em livro dos seus artigos biográficos[2] publicados no “Jornal de Almada”, entre 1973 e 1975, dedicados a atletas já retirados da actividade. Esta iniciativa foi a preparação do “parto feliz” da extraordinária série documental, “Desportistas Almadenses”, que culminou com a publicação póstuma do seu quarto volume, que já estava terminado, antes do autor se despedir de nós.


[1] “Desportistas Almadenses”, Henrique Mota, 1975, p 5.

[2] “Velhos Ídolos Almadenses”, série de artigos publicados no “Jornal de Almada, entre 1973 e 1975.


(Texto da autoria de Luís Alves Milheiro, extraído do livro, "Henrique Mota, atleta, treinador, dirigente e escritor almadense", editado em 2010 pela SCALA) 


domingo, 4 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XIX)

«Mais um livro do meu bom amigo Henrique Mota. E vão sete…

Uma vida inteira dedicada ao Desporto. Atleta de gabarito, técnico salvador, juiz preciso e justo, dirigente da mais alta estirpe, Henrique Mota quia deixar para a posteridade uma contribuição maior  em prol do Desporto (e não só…) da Nossa Terra: os seus livros.

Através deles teremos sempre oportunidade de rever os conterrâneos e conterrâneos que, pelos tempos fora, contribuíram com os seus esforços e talentos para o engrandecimento do Concelho de Almada, bem como as pequenas histórias, dramáticas ou pitorescas, por ele vividas e perpetuadas nos livros de Henrique Mota.

Cerca de 25 anos são passados desde a edição do seu primeiro livro, Desportistas Almadenses – Volume I. Quanta dedicação, espírito de sacrifício e abnegação pata a concretização de tão ingente tarefa. Quantas centenas de horas de contactos, entrevistas, consultas, pesquisa e recolha de dados. Contributo imenso para a história da nossa terra e das nossas gentes.

Dedicado membro do Ginásio com atleta, técnico, dirigente e principal obreiro do pavilhão do Ginásio Clube do Sul, por tudo o que tem feito pelo seu clube de longa data e pelo muito que devotadamente tem contribuído para o desenvolvimento do seu Ginásio e do Desporto da nossa terra, bem merece a nossa homenagem e o nosso agradecimento.

E que melhor maneira de homenageá-lo do que dar ao pavilhão pelo qual ele tanto lutou e contribuiu o seu nome: PAVILHÃO HENRIQUE MOTA. Não encontro melhor maneira de dizer obrigado ao homem que durante a maior parte dos seus quási oitenta anos pugnou pelo engrandecimento do seu Ginásio.

Daqui das longínquas paragens da Columbia Britânica no Canadá espero saber que as gentes do Ginásio Clube do Sul lhe fizeram essa justiça.

Bem haja Henrique Mota pelo muito que tem feito pelo Desporto e pela nossa Terra.

Aquele abraço do amigo e admirador.»

[Germano Gonçalves, professor de educação física]


(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

O Testemunho dos Amigos (XVIII)


Conheci o senhor Henrique Mota, num dia, já lá vão alguns anos – em que fui ao Ginásio assistir a uma Assembleia Geral do Clube. Era então presidente da Assembleia Geral. Nesse dia, passava o testemunho. A intervenção que fez marcou-me pela clareza e simplicidade do gesto e pela mensagem que deixou para o futuro.

Entrei mais tarde, para os Corpos Gerentes do Ginásio e na relação que esse facto proporcionou, cimentei ainda mais a ideia, antes adquirida, sobre a figura, cuja bonomia e nobreza de carácter, voluntarismo e tenacidade, fazem dele uma pessoa admirável.

As obras já publicadas revelam-nos um homem de cultura, com uma memória extraordinária, contribuindo, dessa forma, para o enriquecimento da história local, ao trazer ao nosso conhecimento aspectos do passado, cuja riqueza e originalidade nos enche de entusiasmo.

Um novo livro de Henrique Mota é sempre mais um contributo forte para o nosso património cultural. A expectativa é enorme e mobiliza todos.

Ele habituou-os a isso!

[Miguel Duarte, associativista almadense]


(Fotografia de Luís Eme)

"Henrique Mota: a amizade e a dignidade sem preço"

  Foi Henrique Mota que me trouxe para a "universo scalano" (ainda antes da fundação da SCALA), mas não é por isso que o considero...