segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (XI)


«Mas, afinal quem é o Henrique Mota? Perguntará quem, de recente estadia nestas bandas, tem ouvido falar, com relativa insistência, neste nosso amigo.
Se a pergunta me fosse lançada diria ser ele uma das figuras mais curiosas que ao longo da minha vida, me tem sido dado conhecer.
De muito novo – poderá dizer-se no alvor da sua juventude – dedicou-se, com uma paixão sem limites a causa para ele sagrada – o Desporto – praticante, dirigente, preparador, orientador, todas as teclas tocou neste sector.
Ao mesmo tempo dedicou um amor muito grande a uma outra paixão a qual, se intercalava com o Desporto: a sua amada Colectividade: o Ginásio Clube do Sul.
Durante anos dirigiu aquela colectividade, manifestando uma dedicação sem limites. Nos tempos em que a colectividade lutava – ao contrário do sucedido actualmente – com dificuldades quase insuperáveis. Foram os tempos difíceis, mas, ao mesmo tempo, brilhantes.
Tive a ventura de ser, durante vários desses anos, companheiro e colega do Henrique nas tertúlias directivas. Por vezes irreverente, ele não conhecia dificuldades, nem elas o atormentavam. Lutava, mas lutava sempre, para superar as contrariedades – e foram muitas – que nos surgiam pela frente.
Ali cimentámos uma amizade que se tem mantido pela vida fora. Porém, no Ginásio, nem sempre a sua dedicação foi compreendida e reconhecida.
Depois o clube tomou novo rumo, novos objectivos foram alcançados, sendo hoje uma Colectividade sobejamente conhecida. E o Henrique continuou a manter por ela a mesma paixão, o mesmo amor.
Muita coisa que ali se passa sei-o por seu intermédio, pois ele é o meu “informador” oficial.
Mais recentemente dedicou-se a nova tarefa, a literatura. E, tendo como base dos seus escritos, o Ginásio, as gentes de Cacilhas, delas tendo conhecimento como os dedos da sua mão, tem escrito um número de livros – sete, talvez – sempre com o mesmo empenhamento, a mesma entrega total.
Parabéns Henrique! Tens sido um lutador e tens sabido lutar. Os teus livros são a prova evidente de como se luta, com hombridade, por uma causa sagrada.
E a tua – ou tuas – causas são Cacilhas e o Ginásio.
O livro que ora publicas são o testemunho destas minhas sinceras palavras.
Sei que continuarás, até ao dia limite das tuas forças, até à extinção da tua solene personificação, a lutar, a combater.
Uma vez mais: PARABÉNS HENRIQUE.»

[Mário Rodrigues, associativista almadense]

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, 29 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (X)



«Na nossa sociedade as referências e os valores são dificilmente identificáveis pelos mais jovens, mas eu pertenço a uma geração em que essas referências e esses valores se identificavam com muita facilidade, na família, na escola, no movimento associativo.
Desde que aos quatro anos comecei a fazer ginástica, na classe mista no Ginásio Clube do Sul, que tive o privilégio de conhecer o senhor Henrique Mota.
Provavelmente não percebia porque gostava tanto daquele senhor que era o pai da Maria de Fátima, minha colega da ginástica. Não sabia identificar o sentimento, mas ele existia! Hoje sei identificá-lo, talvez percebê-lo, mas não seria capaz de o definir, o que me dá grande tranquilidade! Os verdadeiros sentimentos sinto-os, não os defino!
Passaram-se alguns anos (não faltam muitos para os cinquenta) e conheci-lhe várias facetas: No G.C.S. o “carola” dirigente associativo que desempenhou vários cargos nos corpos dirigentes, o sócio de Mérito e Honorário, o entusiasmo da Comissão da Construção do Pavilhão, o redactor do Boletim “Ginásio”, o desportista, atleta e treinador, mas também o escritor, o amigo, o pai de amigos, o avô de um “miúdo” encantador.
Durante todo este percurso não posso deixar de manifestar a honra que me foi concedida de, na qualidade de dirigente do G.C.S., lhe entregar o Troféu de “Prestígio Ginasista”.
Como escritor a sua obra é vasta e muito importante. Todo o manancial de conhecimentos que em boa hora resolveu legar-nos são fundamentais para fazer a história do Concelho de Almada.
Ao escrever estas linhas pretendo prestar a minha homenagem a um homem que pelos seus exemplos e pelas qualidades humanas, é para mim e para a minha geração uma referência fundamental. Termino deixando-lhe como mensagem a primeira ideia que me ocorreu quando comecei a escrever: ficamos todos a aguardar ansiosamente que nos transmita, por escrito, uma nova parte dos seus imensos conhecimentos.»

[Rui Raposo, economista, gestor e associativista cacilhense]

(Fotografia da colecção particular de HM)

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (IX)



«Desportista de corpo inteiro, com relevantes serviços em toda as suas vertentes – atleta, técnico e dirigente – Henrique Mota foi mais além no seu amor pelo desporto, brindando-nos com a produção de vários livros de temática desportiva. São trabalhos produzidos com muita persistência e acarinhado amor a uma causa digna, que ele sempre tem procurado servir e honrar com a maior dignidade.»

[António Gil Antunes, jornalista e director durante largos anos do "Jornal de Almada", onde Henrique Mota colaborou durante décadas]

(Fotografia de Álvaro Costa)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (VIII)


«Penso que entre as duas vertentes da narrativa, a ficção e a biografia, seja a mais difícil.
Na ficção basta arquitectar uma boa história, e a decorrente virá ao sabor da pena.
Na biografia, o biógrafo terá de ter uma excelente memória, para além do necessário conhecimento da pessoa de que se propõe contar a trajectória de sua vida.
Temos a felicidade de ter entre nós Henrique Mota, este Mafrense que desde jovem Almada adoptou, e que até hoje, trouxe à luz do dia a vida de 159 insignes almadenses que mais se salientaram nas diversas vertentes culturais. É obra!
As gerações do próximo século bem podem agradecer a Henrique Mota, Romeu Correia e Manuel Lourenço Soares, terem posto preto no branco, quem foi quem, em Almada, no campo do Desporto, Ciência e nas Artes.
Não fossem eles e 353 personalidades da história almadense do século XX, ter-se-iam esfumado nas brumas do esquecimento.»

[Diamantino Lourenço, escritor e assoativista almadense]

(Fotografia de Luís Eme, na "Tertúlia do Repuxo")

domingo, 23 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (VII)


«Escritor de reconhecido mérito no panorama literário almadense, muito procurado e lido por gente de todos os estratos sociais, os livros da autoria de Henrique Mota, quer pela profundidade analítica dos temas neles focados quer pela sua escrita fluente, escorreita e acessível a todos, têm o condão de interessar vivamente o grande público ledor, quase que o obrigando a “devorá-los” num só fôlego, da primeira à última página.
Cidadão e Homem bastante conhecido cá por esta Margem Sul do Tejo, escritor atento e fecundo, de uma fina e arguta sensibilidade, pela vasta obra que paulatinamente tem vindo a construir, o nome de Henrique Mota por certo irá ficar na História literária deste mui burgo.
Para o seu sétimo livro titulado de “Memorando e prestes a vir à estampa, auguramos-lhe mais um novo e rotundo êxito.
Parabéns e um grande abraço amigo ao notável escritor Henrique Mota, há muitos anos radicado nesta democrática terra de Almada.»

[Álvaro Pereira de Sousa, publicista almadense]

(Fotografia antiga de Cacilhas - do começo da "Rua das Terras", onde ficava a sede do Ginásio - de autor desconhecido)

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (VI)


«Henrique Mota, homem simples e de requintada sensibilidade humana, soube mais uma vez revelar-nos a sua escrita lúcida, paciente e atenta sobre o Desporto. Na sua peregrinação por terras de Almada, tem sabido preservar, para as gerações vindouras, testemunhos ou memórias desportivas e associativas de encantamento.

O seu novo livro agora publicado, é mais um documento humano onde se sente a chama de um homem que ama o Desporto.»

[Alexandre M. Flores, Historiador Almadense]

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (V)


«Nós, "Desportistas Almadenses", estamos eternamente gratos pelo magnífico trabalho histórico, que o Henrique Mota prestou ao Concelho de Almada. Só alguém como ele, atento, generoso e honesto, e também um grande Desportista da nossa Terra, poderia fazer a história do Desporto do Concelho de Almada.
Obrigado Amigo! Foi como se tivéssemos renascido!»

[Francisco Bastos, campeão e recordista nacional de atletismo, almadense]

(Fotografia da colecção particular de HM)

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (IV)


«Escrever sobre Henrique Mota é falar sobre o amigo de infância, amigo que já conseguiu alcançar a sua sétima obra, portanto é algo que nos dá prazer.
Henrique gosta – sente-se que gosta – de escrever. Henrique ama a sua terra e as suas gentes, o seu “Ginásio”.
É feliz na sua persistente e inteira vontade de pesquisar, transmitir, realizar.
Henrique, o certo é continuar…»

[Idalina Alves Rebelo, poetisa e pintora almadense]

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (III)



«Tem sido através dos escritos de Henrique Mota, que Almada conhece os feitos dos seus filhos, em matéria desportiva.
Ao apreciarmos os dois volumes já publicados,“Desportistas Almadenses” e agora este terceiro, ficamos cientes que sem a abnegação, esforço e espírito biográfico deste homem, muitos de nós, não fazíamos a mínima ideia que Almada tem tido, ao longo dos tempos, muitos e grandes atletas.
É um valor histórico que fica e dignifica a nossa terra, dando a conhecer aos actuais praticantes e aos vindouros, o que se tem passado desde o tempo “das balizas às costas”.
Henrique Mota, foi atleta e dirigente digno e também acumula a arte de historiador desportivo, que muito nos orgulha a todos nós, que vivemos nesta já grande cidade de Almada.
Com toda a minha vivência desportiva e conhecimentos vários, no nosso país, não conheço que qualquer outra terra tenha um filho com tanta dedicação, escrevendo a biografia dos atletas passados.
Diz-se e é verdade, que com o conhecimento da história constrói-se melhor o futuro e com mais este trabalho Henrique Mota muito ajuda o desporto e os desportistas almadenses.»

              [Adelino Moura, associativista e desportista almadense]


(Fotografia da colecção particular de LM)

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (II)



«Meu caro Henrique Mota, este teu livro fica incompleto sem a tua biografia desportiva, pois tu foste, sem contestação possível, uma figura cimeira do desporto almadenses de sempre. O treinador entusiasta de várias modalidade, o tenaz propagandista da cultura física, o dirigente, o carola, que custeou do seu próprio bolso numerosas iniciativas e, para além disto o excelente atleta que todos admiramos, não pode estar ausente desta obra. A colectânea de biografias desportivas ficaria imperdoavelmente mutilada sem a tua justa presença real. Peço-te pois, em nome da verdade que todo o atleta deve defender, que ela seja inserida num posfácio. Valeu?
Teu velho amigo e companheiro de mil tarefas, que te abraça com a maior admiração e ternura.»

[Romeu Correia, escritor e desportista almadense]

(Fotografia da colecção particular de HM)

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O Testemunho dos Amigos (I)



«Eu considerava-o, por razões de muitas afinidades, o meu melhor amigo.
Quando ele faleceu sofri imenso a sua perda: qualquer familiar não me levaria mais lágrimas que aquelas que brotei, sentidamente, fora das observações alheias.
O seu sentimento de lutador por causas colectivas levavam-no a exteriorizar alguma teimosia. Eu, quando não estava de acordo com qualquer projecto ou o seu “modus faciendi”, dizia-lhe frontalmente, olhos nos olhos, mas, mesmo assim, nada disso ofuscava a nossa amizade. Algumas vezes ele ia por mim, noutras levava a sua avante. Mas acabávamos a mini-quezília num abraço.
Faça-se a tua vontade! Dizia-lhe eu com um sorriso trocista que concitava o meu desacerto.
Contudo, estou aqui a afirmar concludentemente que, se o fenómeno desportivo de competição altera os sentimentos humanos, posso pensar que, entre todas as pessoas que comigo lidaram nesse estimulante sector, considero que, o Henrique Mota, era quase imune, a essas alterações. E este quase é cúmplice das actuações do seu Ginásio Clube do Sul onde foi “pau para toda a roupa”, como utente activo ou como qualificado dirigente.
Em quase todos estes actos eu estava muito próximo dele em todas as vertentes. Daí o enraizamento da nossa amizade.»

[Fernando Barão, escritor e associativista cacilhense]


(Fotografia de Álvaro Costa: Henrique Mota, Maria Emília de Sousa (Presidente da CMA) e Fernando Barão, num momento alegre de confraternização durante o almoço de primeiro aniversário da SCALA)

"Henrique Mota: a amizade e a dignidade sem preço"

  Foi Henrique Mota que me trouxe para a "universo scalano" (ainda antes da fundação da SCALA), mas não é por isso que o considero...