quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Os "Contos Desportivos" de Henrique Mota


Entre a publicação do segundo e terceiro volume dos “Desportistas Almadenses”, Henrique Mota lançou em 1986 os seus “Contos Desportivos”, uma antologia de dezassete histórias, onde mistura a sua vivência com a imaginação, e até magia, no intuito de nos oferecer estórias baseadas em factos verídicos, onde relata a sua cultura desportiva, com particular realce para o atletismo, a sua modalidade de eleição.

O jornalista Sequeira Andrade agradado com a obra, afirmou[1]: «Aquilo não são contos. São, mais que isso, documentos comprovativos de um alto sentido humanista e testemunho de uma vida que se interessa pelas coisas boas, que as procura no dia-a-dia e que sobretudo, as descobre através da atractiva via do Desporto.»

Neste livro assistimos a denúncia de algumas jogadas menos claras, à vontade de ganhar a qualquer preço que invadiu os recintos desportivos, sempre com uma ponta de mágoa colocada a descoberto, graças ao grande sentido moral e ético do autor, para quem o desporto foi sempre uma “escola der virtudes”. Ideais pelos quais se bateu como atleta, treinador, juiz de atletismo e dirigente.

Um dos aspectos mais curiosos deste livro, é o seu último conto, no qual Henrique Mota consegue traçar a sua biografia desportiva, através de um diálogo bastante profícuo, com um interlocutor fictício.



[1] “Desportistas Almadenses”, 3º Volume, 1993, badanas.


(Transcrição do livro, "Henrique Mota, atleta, treinador, dirigente e escritor almadense", coordenado por Luís Alves Milheiro)


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