domingo, 8 de novembro de 2020

O Quarto Volume de "Desportistas Almadenses" (2)


Há alguns pontos na realização desta obra, que só não geraram polémica, porque alguns dos seus amigos preferiram salvaguardar a memória de Henrique Mota, embora ficassem cientes de que não tinha sido respeitada a vontade do autor, ao olharem a capa e a folhearem o livro. 

Em relação à "adenda" de algumas biografias publicada no final do livro, não iremos tecer grandes comentários, até porque durante a comemoração do 90.º aniversário de Henrique Mota, um dos seus familiares (que já devia saber da opinião de alguns amigos...) fez questão de vincar que o quarto volume estava conforme tinha sido vontade do autor, fazendo a defesa do coordenador da edição. Não obteve qualquer resposta, porque estava-se a festejar Henrique Mota, e ele era muito mais importante que qualquer diferença de pontos de vista sobre o seu último livro.

Infelizmente, cada vez somos menos os amigos que sabemos qual era a vontade de Henrique Mota (além de mim, penso que só há dois amigos entre nós, que poderão falar sobre isso...). Por exemplo, em relação à tal "adenda", apenas acrescentamos que, tal como o Henrique pensava, o que foi publicado menoriza a obra e os atletas biografados. E ficamo-nos por aqui.

O que é realmente polémico e não cumpre, nada, à vontade de Henrique Mota, é o vazio que foi colocado na contracapa (primeira imagem) e nas badanas deste seu últimos volume, contrariando o que aconteceu em todas as suas outras obras literárias publicadas (exemplo na segunda imagem). 

Não estamos a falar levianamente. Não só sabemos da existência de um texto biográfico e de uma fotografia escolhida para a contracapa (fomos nós que passámos o texto a limpo no computador), como também de dois outros pequenos textos um para cada badana, pedidos pelo autor a dois dos seus amigos.

Pensamos que se há um volume onde fazia sentido existir um registo biográfico, seria neste quarto volume, por ser uma edição póstuma. Esse registo contribuiria para que se mantivessem vivos, tanto a sua imagem como a sua história biográfica, em vez do vazio que foi publicado. Qualquer pessoa que consultasse este livro nas bibliotecas, ficava com uma imagem do autor e a saber quem era Henrique Mota...

(Nota: este texto é da autoria de Luís Milheiro, assim como todos os restantes)


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