terça-feira, 22 de setembro de 2020

"A Tertúlia do Café Central"


Henrique Mota gostava de muito de estar e conversar com os seus amigos. Essa talvez seja a razão mais forte para que fizesse parte de mais do que uma tertúlia, nos cafés de Almada.

As duas mais importantes foram a "Tertúlia do Repuxo", e a "Tertúlia do Café Central". A primeira tinha mais especificidades culturais e funcionava semanalmente. A segunda era sobretudo um encontro de amigos, que falavam de tudo e de mais alguma coisa e cuja frequência era quase diária. Pensamos que foram contemporâneas e funcionaram desde o final dos anos 1980 até ao começo do novo milénio.

Foi nesta tertúlia quer tive o prazer de conhecer grandes vultos do desporto, da cultura e do associativismo almadense, com que fiz amizade e aprendi muitas coisas sobre Almada. Falo de Arménio Reis, Carlos Durão, Francisco Bastos, Miguel Cantinho, Jaime Feio, Francisco Avelar, João Mangorrinha, Orlando Avelar. E também de António Calado, Diamantino Lourenço, Manuel Gil, Joaquim Coelho, e outros amigos que eram menos assíduos.

Lembrámo-nos desta "Tertúlia" porque soubemos que no dia 16 de Setembro despediu-se de nós, o Manuel Gil, uma figura lendária de Almada. que além de ser bastante culto, era o que podemos chamar de um poeta repentista, capaz de oferecer quadras aos seus amigos, nos momentos de boa disposição, muitas vezes jocosas.

(Fotografia do Arquivo Histórico da SCALA - Henrique Mota na companhia de Arménio Reis e Francisco Bastos)


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